sábado, 19 de setembro de 2009

Estou, Estou... Escuto?!

Mais uma vez, voltamos a ser atingidos pela violência politico-partidária do PSD. Já não bastava ver Manuela Ferreira Leite a abrir caminho contra os espanhóis e depois de José Pacheco Pereira ao estilo de Dr. Frankenstein, vir proteger a sua criação junto dos jornalistas, temos agora indícios de que o nosso PR, organiza investidas contra São Bento... A politica do PSD, à qual Cavaco Silva não está alheio, coaduna-se com as tácticas de guerrilha de uma milícia armada. Pequenos golpes, mesquinhos e certeiros para abalar um governo que luta pela sua reeleição em plena campanha eleitoral. Para alem da instrumentalização de alguns órgãos de comunicação social, fica bem patente a ideia de que Cavaco Silva se porta como um autêntico general na movimentação das tropas. Perante o silêncio, do PR, que até hoje se pensou ser uma prova de lealdade aos princípios morais próprios de uma campanha eleitoral optando por não interferir, ficam desmitificados depois da notícia lançada ontem pelo DN.

Isto demonstra uma grave crise institucional, que vem provar uma vez mais, a falta de carácter da classe politica Laranja. Cavaco teria passado como uma pessoa isenta de quaisquer intenções a partir do momento em suspeita de estar a ser “escutado”, se tivesse agido em conformidade, tomando medidas que visassem o esclarecimento da questão. Não foi o caso... Não só lançou a ideia através dos Jornais, como agora se vem a descobrir, de que lançou uma mentira encomendada a um jornal.

Na minha opinião, julgo que é importante manter a serenidade e a calma uma vez que falamos da figura do PR, e que, tal e qual como José Sócrates, se deve afirmar a sua imparcialidade durante a campanha para as próximas legislativas. Contudo, a minha imagem de Cavaco, depois da forma como atou na questão estatuto dos açores, resume-se à de um homem com uma profunda falta de nobreza ética e moral que um PR não deve ter. Um homem que voltou à luta politica e que em vez de se demarcar, entranha-se através das maneiras mais podres, que se esperam de alguém com os princípios de um autêntico bárbaro. Resta saber, depois da poeira assentar, quem é quem, no meio deste jogo de espelhos quem em nada elevam o nome do país, arrastando-nos para um pântano bem mal cheiroso, em que as prioridades do país passam para segundo plano, e em que a filosofia clubística se passeia em todo o seu esplendor.

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